“Sustentável” e ”Sustentabilidade” entraram naquela categoria de palavras que se usam sem se saber bem o que é, e a realidade é que está mais que provado que não é preciso ter uma definição absoluta sobre o que é a sustentabilidade para se trabalhar sobre ela.
É como ser ético, fazer bem ou ter valores, não sabemos bem o que os descreve, mas facilmente identificamos se é ético, faz bem ou tem valores ou se não se qualifica nestes elementos.
No fundo, há uma pluralidade de entendimentos na sustentabilidade, emergindo em cada contexto um significado próprio. O que é curioso é que a procura deste significado maioritariamente segue os grandes modelos genéricos e não uma busca de entender cada contexto.
Facilmente caímos na tentação de arrumar a sustentabilidade nas “caixinhas” social-ambiental-económico, mesmo que isso seja completamente desconexo à forma como estruturamos as organizações ou os negócios.
Numa tarde de sexta-feira, grande parte da equipa da AGRO.GES explorou este tema – entender a identidade e os pontos fortes da equipa – como um dos principais vetores para explorar a Sustentabilidade no contexto da AGRO.GES.
Com perguntas menos óbvias e explorando um ambiente diferente para este diálogo, foi gratificante observar e compreender que a identidade da AGRO.GES é vozeada em uníssono pela equipa, todos erguem os mesmos pilares: competência, confiança e sentido de família.
No entanto, neste ambiente convergente nos valores é abraçada a diversidade na interpretação dos problemas e na forma como os resolvem. Na resposta a exercícios intencionalmente disruptivos são visíveis as diferenças nos tipos de pensamento, o sentido crítico e de observação mais apurado por uns é complementado com a criatividade na interpretação de um problema, pelo rigor que a ciência estrutura ou pelo sentido integrativo e sistémico de outros.
Combinar os diferentes racionais de pensamento é, sem dúvida, uma ferramenta chave para dar resposta a problemas complexos como a sustentabilidade. E combinar conscientemente a diversidade destas competências com a capacidade técnica eleva as equipas e consequentemente os seus resultados.
E porque a sustentabilidade está ancorada ao futuro, terminámos a sessão com um debate sobre como trabalhar com futuros plausíveis (que consideram incertezas) e particularmente o futuro da AGRO.GES, novos caminhos foram sugeridos combinando os valores da organização com as ambições individuais dos elementos da equipa.
Em conclusão, enquanto se discute se a sustentabilidade está na resiliência ou na regeneração, ou se resume a sustentabilidade a métricas, relatórios ou selos, a AGRO.GES explora os caminhos para apoiar negócios que se alicerçam na sua identidade para alavancar a sua prosperidade nos futuros plausíveis que se avizinham. Entendendo a sustentabilidade como uma estratégia essencial, não para acompanhar as exigências do mercado, mas para fortalecer negócios, gerando capacidade adaptativa para os futuros desafios e assegurando um impacto positivo.
Joana Lima
Colaboradora AGRO.GES, Especialista em Sustentabilidade